Esta foto de 1964 mostra a primeira turma de estudantes juazeirenses a fazer uma excursão ao Rio de Janeiro. Era a turma do Ginásio Salesiano São João Bosco, chefiada pelo Padre Luís Alberto. Os estudantes viajaram em ônibus da empresa do Sr. Chagas Bezerra. Para angariar o dinheiro necessário ao pagamento da excursão foram feitas muitas campanhas, como a da garrafa vazia, do livro de ouro, rifas etc. A foto foi clicada à beira do rio São Francisco na cidade de Belém do São Francisco. São vistos, entre outros: Em pé, da esquerda para a direita: João Batista Ferreira, um não identificado, Prof. Luiz Magalhães, Pe. Luiz Alberto Peixoto, Vivaldo de Carvalho Nilo, Francisco Adonias de Morais Sobreira, Diacir Andrade, João Tadeu Lustosa de Brito, Raimundo Gomes de Lima, Daniel Walker Almeida Marques, Antonio Izomar Cruz Martins e Luiz Afonso de Oliveira. Agachados ou sentados, da esquerda para a direita: Antonio Maglionio Soares Feitosa, Osvaldo Rocha Reinaldo, Francisco Carlos Macedo Tavares, José Waldizar de Figueiredo, Antônio Renato Soares de Casimiro, João Reginaldo Tenório, José Wilson Lima, e José Carlos Pimentel e Silva.
Foi uma viagem inesquecível e ao mesmo tempo uma verdadeira aventura. A estrada só tinha asfalto depois da cidade de Feira de Santana, na Bahia; o ônibus quebrou no meio do caminho; houve briga entre alguns estudantes. Fomos ao Rio de Janeiro, mas ficamos hospedados no Colégio Salesiano de Niterói. Diariamente fazíamos a travessia Niterói-Rio de Janeiro-Niterói, pois àquela época ainda não existia a ponte. Várias vezes fizemos refeições no famoso Calabouço, restaurante estudantil onde fora morto pelo exército um estudante tido como subversivo (estávamos no início da ditadura militar). Houve muitos lances interessantes na excursão. Certo dia um pequeno grupo de excursionistas que havia ido ao Rio de Janeiro para assistir a um jogo de futebol, no Maracanã, chegou tarde ao porto, perdeu o último barco para Niterói, e teve de dormir no cais. Um jogo chamado de “rapa-tudo” era a atração de todas as noites antes de dormir e isso deixou muitos com “caixa zero”, retornando a Juazeiro à base de pão e água. Fizemos uma visita histórica ao porta-aviões Minas Gerais graças à generosidade do Sub-tenente Osmar Cavalcante, irmão de João Bosco, um dos excursionistas. Certa noite, numa animadíssima quermesse que estava havendo no Colégio Santa Rosa (onde estávamos hospedados) tivemos de disputar as garotas presentes com um grupo de argentinos... e saímos perdendo, mesmo José Carlos Pimentel tentar falar com as garotas argentinas em espanhol. Também houve muitos fatos engraçados, como o daquele colega que nunca tinha visto um elevador e quando nós estávamos dentro de um, para subir ao andar de cima de uma loja de departamentos, ele perguntou curioso: “O que é que a gente está fazendo neste quartinho?” Essa excursão foi mesmo um marco na vida da gente. Outro fato pitoresco foi a gente tentar pagar meia entrada no cinema para assistir ao filme Cleopatra, mostrando a carteira do CEJ. Não colou. Foi nessa viagem que a gente viu televisão pela primeira fez. Foi na cidade de Feira de Santana, BA. No colégio onde estávamos hospedados havia televisor e a gente assistia toda noite. Estávamos fascinados com a novidade!
E você que participou dessa inesquecível excursão tem algum fato novo para acrescentar?
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Falta relatar alguns fatos...
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